Já vou começar esse texto dizendo que não queria ficar tanto tempo longe daqui, mas que a vida me levou a isso. Calma, vou explicar, mas que tal pegar uma água, suco ou chá antes? Senta que lá vem história (e ela é complicada, viu?!). Bora lá.
Eu não queria ficar tanto tempo longe daqui! 😭
Quando montei esse blog, num dos períodos mais tensos da pandemia, a minha ideia era escrever alguns textos todo mês para dividir dicas de jardinagem, comunicação, podcasts, etc, e, claro, continuar a minha longa trajetória da blogosfera, que começou quase 20 anos atrás (mas que estava em hiato há uns meses). Eu nem poderia imaginar que, pouco tempo depois de lançá-lo, eu assumiria um cargo num trabalho novo em que a minha ocupação principal seria manter um blog. Enfim chegou o momento de me tornar uma blogueira profissional, ou quase isso.
Passei um ano e meio gerenciando/escrevendo/mantendo o blog da empresa para a qual eu trabalhava e, durante esse tempo, a minha frequência de produção de conteúdo por hobby foi caindo, caindo, caindo. O meu podcast, o PudimCast®, praticamente parou. Os textos aqui no blog começaram a se tornar verdadeiros martírios pra mim porque eu parecia estar o tempo todo tão concentrada no trabalho que, quando tinha um tempinho livre, eu não queria mais escrever. (E aqui entra um parêntese: eu sou workaholic, penso o tempo todo em trabalho — mesmo quando não deveria — , e sou perfeccionista.)
Mês passado eu fui demitida (o que também explica o sumiço de vários posts daqui do blog com as minhas listas de livros lidos, afinal, não fazia mais sentido mantê-las).
Nos primeiros dias doeu muito. Eu chorei, tentei achar os motivos para isso e me culpei de várias formas, mas a verdade é que, independente de seres workaholic ou adepto do “quiet quitting” (esse termo inventado para dizer que tens que trabalhar apenas o que foi acertado), se a empresa quiser te demitir, ela vai achar um motivo. Se ela não tiver, vai inventar.
O fim também é um novo começo.
Como dizem por aí “o que não tem remédio, remediado está”. Meu emprego não iria voltar, então eu só podia levantar a cabeça e dar a volta por cima. Decidi que iria voltar a fazer diversas coisas que eu tinha deixado de lado porque estava com a cabeça o tempo todo no trabalho. Voltei a cuidar melhor da minha casa, das minhas plantas e de mim. Voltei a ter gosto pelos serviços domésticos (já contei que AMO ver a pia vazia e limpinha?) e por sair de casa apenas para passear durante o “horário comercial”.
Na semana que fui demitida, pela primeira vez consegui me focar totalmente no Pilates, já que não precisava mais ficar o tempo todo de olho no celular esperando mensagem do trabalho. De lá pra cá, tenho aproveitado cada aula ao máximo e, amém, feito grandes avanços. A meta é tocar nos pés sem dobrar os joelhos, hahaha.
Também voltei a fazer pequenas viagens para locais aqui perto (#PudimTrip). Fui à praia depois de sei lá quanto tempo e comi pamonha na estrada. Visitei floriculturas longe do centro em busca de plantas que não encontro por aqui (e voltei pra casa com 15 novas plantas).




Resolvi tirar um período sabático e simplesmente me reconectar comigo mesma antes de entrar de cabeça em um novo projeto/emprego/seja lá o que for. Estou aproveitando esse tempo para redescobrir coisas que gosto e que ficaram esquecidas, bem como explorar novas perspectivas. Trabalhar é bom, ter dinheiro é melhor ainda, mas eu sei que preciso de um tempinho pra mim. Antes de ser demitida, meu corpo já estava me pedindo pra parar e eu vinha dando sinais de burnout (que eu, obviamente, tentava ignorar focando em trabalhar ainda mais). É “padrão psicopata de qualidade” que chama, né?
Sinto que posso tomar qualquer direção no meu caminho agora, mas preciso sentar um pouco à beira da estrada e apenas ver o tempo passar. Preciso de um tempo pra mim.
Enquanto tiro esse tempinho, vou voltar a postar aqui com mais frequência, assim como no blog do PudimCast® (e logo logo sai episódio novo). Também vou retomar meu projeto de jardinagem, o @JardinagemTodoDia.
No mais, nos vemos por aí!

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