Quando comecei na jardinagem, eu tinha apenas alguns vasinhos na minha casa. Eles foram presente da minha mãe e cultivei com o maior cuidado, mas a magia mesmo aconteceu quando eu plantei um pedaço de cenoura num copo e, com o passar dos dias, ele começou a se desenvolver. Foi nessa hora que pensei “quero aprender mais sobre o assunto”.
O tempo foi passando, o jardim foi mudando e, com ele, eu mudei também. Não é nenhum segredo que, durante a pandemia, eu me tornei “a Louca das Plantas” e larguei meus freelas de marketing digital para vender plantas numa floricultura. Foi um período em que aprendi muito e, apesar do calor que fazia lá, meus dias foram muito agradáveis (tanto é que, até hoje, cerca de 5 anos depois de ter trabalhado lá, ainda dou uma força no atendimento de vez em quando — um assunto para outro post).
Hoje, quero compartilhar algumas lições que a jardinagem me ensinou e que podem transformar a sua forma de enxergar o mundo, assim como transformou a minha!
1. A Natureza tem seu próprio tempo
Sempre que eu cuido das minhas plantinhas, eu sinto o mundo desacelerar, e isso acontece desde que eu comecei a me aventurar pela jardinagem, 8 anos atrás (e com mais afinco nos últimos 5). E foi nesse desacelerar, nesse prestar atenção aos detalhes, que eu percebi que a natureza não segue o mesmo tempo do meu relógio, ela segue seu próprio tempo.
Apesar de, claro, querer que as flores surjam uma depois da outra e que as frutas amadureçam logo depois de adubar as árvores, não é assim que as coisas funcionam. Dependendo da planta, abrir uma única folha nova pode levar dias (oi, costela-de-adão), e não tem forma de acelerar o processo. Numa sociedade onde tudo precisa acontecer rápido, chega a ser um desafio cultivar de maneira orgânica as plantas, respeitando o tempo delas. 🍃

Essa foi minha primeira grande lição: nem tudo precisa acontecer na velocidade que a gente quer. Algumas coisas levam tempo, e aprender a respeitar esse tempo pode ser libertador.
Se a rotina está muito corrida por aí, que tal comprar uma plantinha e observar como ela cresce, sem pressa, sem cobrança e no seu próprio tempo?
2. Pequenas conquistas também são importantes
Na jardinagem, a felicidade mora nos detalhes. Qual o jardineiro que não fica feliz com um novo broto, uma flor abrindo, o primeiro tempero colhido..? Essas pequenas coisas, no fim, significam muito. Ainda lembro da minha felicidade que senti na primeira vez que colhi tomates e consegui fazer uma salada usando apenas o que cultivei. Foram esses pequenos atos que me fizeram perceber o quanto passamos batido pelas pequenas vitórias do dia a dia. Estamos sempre esperando a grande promoção, a grande viagem, o grande momento. Mas e as pequenas alegrias? E os progressos que fazemos aos poucos?
Com as plantas, aprendi que cada passo importa. Cada folha nova e cada flor que desabrocha são conquistas para a planta e, claro, para o jardineiro que a está cultivando. Assim também devia ser a vida, não é?! Talvez hoje você não tenha alcançado sua grande meta, mas e os pequenos avanços? O que você fez hoje que te colocou um passo mais perto do que quer?

Celebrar essas pequenas vitórias torna a jornada mais leve.
3. Criar algo com as próprias mãos traz uma satisfação única
Vivemos tão conectados ao digital que, às vezes, esquecemos do prazer de criar algo no mundo real. Com a jardinagem, é possível redescobrir essa sensação. 🌱
Nada se compara à experiência de plantar uma semente e vê-la brotar, saber que você foi parte daquele crescimento, que sua atenção e cuidado ajudaram algo a florescer, é um tipo de gratificação que nenhum like ou notificação pode substituir.
Se você nunca experimentou essa sensação, sugiro um desafio: plante algo esta semana. Pode ser uma erva aromática na cozinha, uma flor no jardim, um vaso na varanda. Cuidar dessa plantinha será um lembrete diário do impacto que pequenos gestos podem ter.
4. A jardinagem acalma a mente e o coração
Eu já falei sobre isso algumas vezes, mas o ato de jardinar nos conecta com o presente, acalmando nossa mente, que às vezes fica turva, e nosso coração. É um momento em que desligamos os pensamentos externos e focamos em uma única coisas, na plantinha que está na nossa frente.
Eu já não consigo mais ter todo o tempo disponível que eu tinha para as minhas plantas, mas sempre que posso, estou com elas. Gosto de ficar sentada entre os vasos, as árvores, as mudinhas, só observando. Eu nem preciso estar efetivamente cuidando delas (regando, adubando, podando). Às vezes, até sinto que são elas que estão cuidando de mim.
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Se depois de tudo isso você ficou com vontade de ter uma plantinha para chamar de sua, não perca tempo! Comece com algo simples: um vaso de jiboia, uma suculenta ou uma espada-de-são-jorge.
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